#3. Despertando para a impermanência
Aceitar um sentimento que habitualmente associamos ao desconforto não significa que imediatamente começamos a gostar dele. Significa ficar bem com ele como parte da textura da vida humana.
Aceitar uma coisa, aliás, não é o mesmo que gostar dela. Aceitar um sentimento que habitualmente associamos ao desconforto não significa que imediatamente nos viramos e começamos a gostar dele. Significa ficar bem com ele como parte da textura da vida humana. Significa entender que, se quisermos nos tornar seres humanos totalmente despertos, precisamos aprender a não evitar ou rejeitar nenhuma experiência humana. É como aceitar o clima. Podemos preferir ensolarado a chuvoso, ou a primavera ao inverno, mas fundamentalmente aceitamos o clima e as estações como são no momento.
(Pema Chodron em "Acolher o indesejável").
As últimas duas semanas foram um pouco mais tranquilas. Seguindo com a não linearidade do luto, elas incluíram um lindo passeio de barco pelo Guaíba em Porto Alegre, um dia de salão que me encheu de autoconfiança (vejam meu post aqui), um aconchegante jantar de dia dos namorados e uma crise de choro não anunciada em um jantar em família. O motivo do choro não foi claro na hora, mas depois percebi que foi o sentimento de que, por mais que estivéssemos ali com a família "completa", com meu marido, meu pai, minha mãe, minhas duas irmãs e cunhados e meus sobrinhos (incluindo um que está na barriga), para mim, era gritante como faltava algo. Faltavam meus dois anjos. E por mais que eu possa chorar ali, na frente de todos eles, e que eles se solidarizam com a minha dor, essa falta é muito maior em mim e consequentemente esse lugar tem sido um pouco solitário. Não tem como eles entenderem o que eu sinto. E eu preciso aceitar, mesmo não gostando. Aceitar o clima e as estações como são no momento para mim significa conviver com o fato de que eu não pude realizar meu sonho da maternidade, ainda, como eu tanto queria.






Mas ainda de luto? Sim, claro. Ontem vi um post da @umamaepediatra sobre isso que falou exatamente o que eu sinto nesse processo (vejam aqui). Na minha primeira perda fiquei sabendo da perda em uma sexta e na segunda estava a postos no trabalho, com meu bebê morto dentro de mim. E assim fiquei por quase 30 dias, “seguindo”. Eu não tinha conseguido terminar de processar meu primeiro luto e veio o segundo, mas eu aprendi nessa dor. E por isso neste segundo estou tentando fazer diferente, me acolhendo muito mais.
Meu momento é de busca pela aceitação e pelo despertar de uma nova vida, novas possibilidades, novas formas de realizar o meu sonho adiado. Por mais que eu não ame esse presente, eu honro meu passado e estou despertando para um novo futuro.
Como já comentei com vocês, desde a minha primeira gravidez, mesmo antes da primeira perda, eu tenho me voltado muito ao mundo espiritual. Quando descobri que estava grávida pela primeira vez, logo fiquei com medo. Eu sempre tive um sentimento de que era muito privilegiada, vim de uma família estruturada e amorosa que me deu todas as condições para tudo que eu quisesse desde que nasci. Eu sentia que tudo sempre tinha dado tão certo pra mim - família, estudos, trabalho, casamento - mas que uma hora algo daria errado, que eu estava só esperando essa hora.
Tem uma música da Mercedes Sosa que eu sempre me identifiquei e que me acompanhou em muitos momentos que diz "Gracias a la vida que me ha dado tanto" - inclusive foi minha música de entrada na minha primeira formatura. Eu acho que essa música acabou me trazendo uma certa sombra e eu acabei transformando esse "ter tanto" em medo de perder. Não sei bem o porquê desse sentimento - e ele foi pauta de várias sessões de terapia nos últimos anos - mas o fato é que ele me consumia. E a partir da primeira gravidez, passou a se tornar quase insustentável e uma luta interna muito difícil de vencer.
Logo que descobri que estava grávida comecei a ler sobre o tema (como nerd que sou) e cheguei no livro "Expecting better" (ou "esperando melhor" em tradução livre), um livro que basicamente desconstrói mitos da gravidez e que por sinal eu super recomendo pra tentantes e grávidas. Esse livro foi o primeiro que me apresentou uma estatística que me aterrorizou desde o primeiro momento que a descobri: cerca de 15-20% das gravidezes acabam em abortos espontâneos. Pronto, aí juntou com a minha propensão apocalíptica de que algo errado iria acontecer e eu comecei a entrar em uma neura muito grande que o algo errado seria o aborto. Intuição ou neura? Causa ou efeito? Até hoje não sei, mas estou buscando ficar em paz com isso.
No dia que anunciei a primeira gravidez para minha família, contei para minha mãe sobre esses sentimentos também. Então ela me convidou a ir ao centro espírita, para pedir que meus guias espirituais ajudassem a acalmar meu coração. Eu fui muito acolhida por lá, e desde então eu vou 2-3x por semana. Tem me ajudado demais a me centrar e a buscar significado nisso tudo. E a despertar para a importância da espiritualidade na vida - algo que meu mapa astral já me diagnosticou da necessidade, lá em 2019 quando fiz ele, mas que eu não tinha explorado até então.
Na segunda gravidez eu já não tinha mais tanto esse medo da perda. Eu achava que a minha ficha de "desgraça" já tinha sido usada - inocente né? Como se houvesse uma cota, ou como se a gente fosse capaz de acabar com o sofrimento do mundo ou com os desafios da vida.. Mas eu também desenvolvi muito mais fé entre uma gravidez e outra, e mesmo com uma segunda gravidez muito atribulada desde a sua descoberta, eu escolhi ter fé de que no fim daria tudo certo. Que se eu precisasse ficar deitada a gravidez toda, eu ficaria. Infelizmente não foi suficiente. Eu me revoltei bastante nos primeiros dias após a segunda perda, mas logo vi que precisava continuar no caminho da fé para sair daquele buraco e seguir correndo atrás do meu sonho de ser mãe.
Nisso encontrei alguns ensinamentos budistas que vieram muito a calhar. Li dois livros, sendo o principal deles "Acolher o indesejável - uma vida plena em um mundo abatido", da monja Pema Chodron.
Que livro, amigos e amigas. Ele faz um resumão de alguns aprendizados budistas que fizeram muito sentido para o meu momento e eu resolvi dividir aqui alguns dos conceitos que eu mais gostei dele:
A bodhicitta
Em sânscrito, bodhi significa “desperto” e citta “coração” ou “mente". A ideia é despertar o coração e a mente não só para o nosso próprio bem-estar, mas também para trabalhar a bondade superior e poder ajudar os outros. Só com isso já fica fácil entender porque eu me conectei tanto com o livro, né? Mesmo após as minhas piores dores eu logo percebi o poder curativo de ajudar o outro - "fazer a parte boa dar conta da parte ruim", como eu disse, inspirada por Tudo é Rio da Carla Madeira, quando lancei esse canal. Eu conheci a bodhicitta na prática antes de conhecer a sua teoria :)
A bodhicitta coloca como nosso objetivo principal ajudar os outros. Entender o sofrimento alheio ajuda a trabalhar o nosso próprio, uma vez que faz com que queiramos fazer a nossa parte para diminuí-lo para todos nós, entendendo que todos sofrem "assim como eu". Essa compreensão aprofunda nossa compaixão, faz com que desejemos remover a dor do outro tanto quanto desejamos remover a nossa própria dor. Aposto que você que está aí lendo pensou nesse momento em alguma dor ou desafio que tenha enfrentado recentemente, né? Ver a minha dor ajudando outras pessoas, como tem acontecido ao receber muitos feedbacks dos meus textos, tem feito toda a diferença em diminuí-la. Será que você não pode fazer o mesmo?
Trungpa Rinpoche dizia que o modo de despertar a bodhicitta era “começar com o coração partido”. Proteger-se da dor – nossa ou alheia – nunca funcionou. Proteger-se da vulnerabilidade de todos os seres vivos – incluindo a nossa própria – nos aliena da experiência completa da vida. Nosso mundo encolhe. Quando nossos principais objetivos são adquirir conforto e evitar desconforto, começamos a nos sentir desligados dos demais e até ameaçados por eles. Até porque uma vida só de felicidade e prazer é realmente impossível. Então porque ansiamos tanto por ela? Aceitar essa impossibilidade nos liberta.
Se conseguirmos encarar a dor, estar presentes com ela e com os sofrimentos do mundo, cada vez mais teremos coragem e esperança, sabendo que essas experiências fazem parte da nossa existência - assim como o clima, que aparece na citação de início do texto. O dia de sol vai aparecer novamente.
Karma
Quantas vezes já escutamos “Tudo que vai, volta”? Sem dúvida estamos colhendo os frutos que plantamos no passado. No entanto, um ângulo mais interessante e poderoso me parece pensar no futuro a partir do karma. Se quisermos saber do nosso futuro, devemos olhar para o que estamos fazendo agora. Não há nada que se possa fazer para mudar o passado e o presente, mas o futuro está em aberto. O que fazemos agora ajudará a criar esse futuro – que não é somente o nosso próprio, mas um futuro que compartilhamos com muitos outros. Nós não estamos condenados por qualquer coisa que aconteça; podemos começar a dar o nosso melhor agora mesmo.
Pensar nisso tem me ajudado a pensar no que estou efetivamente fazendo hoje, repensando a minha vida e reorganizando ela (em vários sentidos - espiritual, profissional, emocional), em busca do meu sonho. E eu fico feliz com as sementes que tenho plantado no meio da minha dor, como esse canal aqui :)
A impermanência e o ego
O budismo fala muito de ego, mas o que ele tem a ver com o sofrimento? Pema Chodron traz o conceito de ego como "aquilo que resiste ao que é”. O ego luta contra a realidade, contra o final aberto e o movimento natural da vida. O ego quer resolução, quer controlar a impermanência, quer algo seguro e certo ao qual se segurar. Congela o que é fluido, agarra-se ao que está em movimento, tenta escapar da bela verdade da natureza plenamente viva de tudo. A autora sugere como alternativa a essa luta treinar para manter a crueza da vulnerabilidade no coração.
Através dessa prática, acabamos acostumando o sistema nervoso a relaxar com a verdade, a relaxar com a natureza impermanente, incontrolável das coisas. Podemos lentamente aumentar nossa capacidade de expandir em vez de contrair, de soltar em vez de agarrar. Se mantivermos a cabeça erguida quando a vontade é desmoronar e abster-se de atacar ao sermos provocados, estamos tendo um efeito positivo no mundo mais amplo. Manter nossa própria confiança e bem-estar beneficia nossa família, nosso local de trabalho e todos com quem nos comunicamos. Uma frase tão simples quanto "vai passar, tudo passa" às vezes no olho do furacão é tão difícil de acreditar. Mas eu estou cada vez mais acreditando e entendendo essa impermanência da vida.
A jornada rumo a uma vida sem ego trata de aprender a soltar, relaxar, arriscar, esperar para ver e nunca nos resumir a algo. Estou aqui escrevendo meus registros sobre esse livro que tanto me tocou, mas a verdade é que eu me sinto ainda tão iniciante na maioria dos seus ensinamentos… Como planejadora e controladora nata, sinto que eu tenho um universo de coisas para aprender aí. Eu não quero me resumir a mãe de anjos e mal posso esperar pra ter meu bebê nos braços, mas eu não sei quando isso vai acontecer e preciso aprender a soltar se não talvez eu enlouqueça nesse processo 🙂.
Práticas
O livro também traz algumas sugestões práticas de como acolher esses sentimentos, como lidar com as dificuldades da vida. Um dos principais recursos para isso é o Tonglen, uma meditação que consiste em inspirar tudo de ruim, e aceitar aquilo "assim como é". Sem tentar mudar, apenas encarando aquela realidade. Depois, devemos expirar tudo aquilo e colocar para fora, buscando se libertar daquele sentimento.
Eu confesso que meditação é uma coisa que está na minha lista há um bom tempo, mas que eu ainda não consegui adotar.. Tenho talvez uma crença limitante com ela, achando que sou uma pessoa muito impaciente para a prática. Mas cada vez mais me convenço como ela também pode me ajudar e pretendo começar a explorar ela em breve.
“Acolher o indesejável” traz muito mais do que estes ensinamentos super resumidos. É um livro relativamente rápido de ler e eu recomendo muito que quem tiver interesse em entender mais de tudo isso, dedique algumas horas a ele.
Para mim, ele foi poderoso para me ajudar a pensar principalmente na impermanência, um dos conceitos centrais do budismo. Tudo é transitório. Cada momento é precioso e não se repete. Por mais que eu tenha passado por dois abortos, as situações não foram idênticas e tiveram muitas particularidades. Eu também tenho dois filhos anjos que são insubstituíveis e com certeza são muito diferentes. Eles tem trazido sentido a todas essas reflexões e me feito despertar de um estado de transe e falta de conexão que me foi muito tóxico, principalmente em relação aos anos que passei trabalhando que nem uma louca.
Nos posts do meu segundo texto, que falava sobre o luto não ser linear, percebi uma leve queda de engajamento no assunto.. Fiquei me questionando: será que as pessoas estão se cansando desse assunto? Será que ficou pesado demais? Sei que o impacto inicial, de quando eu abri a minha história, seria maior.. Isso já era esperado. Mas eu espero que as pessoas não se cansem. Que eu consiga fazer as pessoas não se cansarem. A luta é longa e demorada, mas eu espero que, aos poucos, eu entre em uma fase mais leve e que a gente tenha uma constância nessas trocas sobre a impermanência da vida. E estou super aberta a ideias e feedbacks, beleza? Me escrevam!
Uma das coisas que eu escutei algumas vezes com objetivo de consolo é o "bola pra frente". Só que, gente, nada disso ficou no meu passado. A história das minhas duas perdas gestacionais e dos meus dois bebês seguem comigo, visceralmente, em corpo, mente e espírito. Eles me mudaram pra sempre. E eu tenho orgulho disso e para falar a verdade, nem quero que isso siga no passado. Algumas semanas atrás eu fui em uma médica obstetra maravilhosa, que deve ser a obstetra que ficará comigo em uma terceira gestação. Ela me disse algo lindo e que tem muito a ver com tudo que escrevi nesse texto: o que torna mais difícil esse momento da perda é porque estamos vendo só um capítulo, sem entender o livro todo.
É bem isso. Meus abortos são os capítulos mais transformadores e impactantes do meu livro. Eles iniciaram uma revolução e eu não sou mais a Paola que era antes deles. Jamais serei. E que bom.
Eles também mudaram meu casamento e apresentaram os maiores desafios que eu e meu marido já passamos como casal. Somos pessoas muito diferentes, então os recursos que usamos para elaborar o luto são diferentes - muitas vezes enquanto eu comunico, ele silencia. Por vezes inclusive discordamos dos métodos um do outro e não nos entendemos, mas sempre encontramos o caminho de volta, um sendo o porto seguro do outro. Saindo da ecografia que anunciou nosso segundo aborto, o Thiago me disse algo que me marcou bastante: ele sentia como se estivéssemos em uma floresta escura, com muito mato fechado, perdidos, e que não sabíamos onde era a saída. Mas aí ele percebia que estávamos juntos e isso deixava ele tranquilo. E é o que sinto também. Estarmos juntos é uma benção. E nós, juntos, já somos uma família, com nossos dois anjos no céu. Não podemos esquecer disso.
Após o primeiro aborto, fizemos uma tatuagem juntos (pra quem não viu tá aqui nesse post) para marcar a passagem do nosso primeiro anjo. Nesta segunda perda, sentimos que precisávamos um pouco mais que isso. Estamos precisando nos afastar um pouco, e também exercitar uma das cinco linguagens do amor, "tempo de qualidade". Foram meses muito sofridos, um tanto quanto sombrios. Precisamos voltar a ver o sol, juntos. E com isso, buscar um pouco mais de leveza nos próximos capítulos - que por sinal eu pretendo escrevê-los aqui, junto com vocês.
A gente sempre sonhou com uma "baby moon" - basicamente a última viagem do casal antes do bebê nascer, já grávidos. Planejamos quando faríamos a nossa nas duas gravidezes e com isso adiamos outras viagens e férias, algo que amamos, para o momento que fosse conveniente de acordo com o período gestacional.. Alguns dias após essa segunda perda, nós logo concordamos que não adiaríamos mais os nossos planos. E marcamos uma viagem, só nossa, e com a nossa cara.
Amamos montanhas, friozinho, natureza, mas também temos o nosso lado urbano que adora uma metrópole. E eu, especialmente, senti que era um momento de nos voltarmos para a mãe terra, para as belezas da natureza, para respirarmos um ar puro e buscarmos nos conectar com um plano maior em que somos só um grão de areia. Assim, montamos um roteiro pelo oeste dos Estados Unidos e Canadá. Começamos em San Francisco, passaremos por Yosemite e Lake Tahoe, depois Seattle e fechamos em Vancouver. Serão 15 dias de um mix de cidade e movimento, verde e calma.
15 dias em que a gente vai ser só a Paola e o Thiago, marido e mulher. Em que vamos nos afastar desse nosso mundo que só respira bebês e maternidade já há algum tempo - isso pois, além das nossas perdas, estamos em um momento que nosso círculo de amigos todo está vivendo essa fase. Tem sido bem desafiador pra gente administrar tantas situações correlatas e que nos remetem à nossa maior dor. Além disso, pretendemos também buscar inspirações profissionais para nós dois e para essa nova fase. Depois eu conto tudo por aqui :)
Na volta da viagem vamos retomar nosso sonho, seguir com médicos e análises de todos os resultados de exames (a maior parte dos quais ainda não temos os resultados, mas que chegarão nas próximas semanas) - além de tudo, todo esse processo tem sido um teste de paciência. A luta vai continuar. Mas agora está na hora de colocar um pause nesse assunto e de, como diz o budismo, soltar.
Enquanto eu finalizava esse texto, tocava "Loucos de Cara" do Vitor Ramil:
Não importa que Deus
Jogue pesadas moedas do céu
Vire sacolas de lixo
Pelo caminho
Se um dia qualquer
Ter lucidez for o mesmo que andar
E não notares que andas
O tempo inteiro
É sinal que valeu
Valeu. Valeu muito. Mas chegou a hora de, com lucidez, tentar virar a página dessa dor e começar um novo capítulo, com todos os aprendizados desses anteriores, tão profundos e transformadores. De curar o passado, encarar mais esse presente e construir o futuro. Cada vez mais aceitando, que tudo é fluxo e tudo é impermanente.
PS: talvez vocês tenham percebido que este texto tem alguns links de livros, e por total transparência explico aqui sobre eles: eu agora sou afiliada da Amazon, um programa que dá uma comissão para as pessoas que divulgam links de produtos deles, caso alguém faça uma compra a partir daquele link. Então, se você tiver interesse em ler algum dos livros que indiquei, ficaria muito grata se acessasse o site clicando nos links a partir do meu texto. O preço para você será o mesmo, e eu ganho uns pilas… rsrs. Quero testar se essa pode ser uma forma de monetizar esse canal sem cobrar assinatura :).
PS 2: logo que eu finalizei esse texto, eu levantei para ir ao banheiro e percebi que tinha menstruado, pela primeira vez, pós amiu - 33 dias depois. Achei poético e um sinal de Deus e da natureza de que a página está sim, virando. Imediatamente eu abri o aplicativo "gravidez +", que eu não tinha tido coragem de abrir desde a notícia do aborto. Registrei a perda. E me senti mais leve. Seguimos!
Tenho aprendido tanto contigo em cada texto, em cada compartilhamento de momento... Gratidão por nos ensinar tanto.
Sempre tanta delicadeza e amor ao se expressar e compartilhar a tua história e trajetória. Precioso acompanhar tudo isso de perto e te ver entrando nesse novo ciclo, despertando para a impermanência.