#20: 35 anos e 12 semanas
Meu primeiro trimestre foi lindo. E foi difícil. E angustiante. E perfeito. Como tinha que ser. Eu fiz 35 anos. A Felipa fez 12 semanas. E essas 12 semanas são bem mais importantes que meus 35.
Oi, gente!
A grávida anda meio lenta por aqui. O plano de lançar 2 textos por mês já não é bem executado há um bom tempo.. A disposição esteve bem baixa durante todo o primeiro trimestre - foi o principal sintoma da minha gestação até então. E continua baixa mesmo agora, no começo do segundo trimestre (14 semanas), quando todo mundo diz que melhora. To esperando pra ver isso acontecer!
A Paola agitada e mega produtiva não está mais existindo.
Ela teve que dar espaço para uma nova Paola, aquela que entende que o foco do momento não é a produtividade. O foco do momento é a Felipa. O meu maior sonho está se tornando realidade, pessoal ❤️.
Já faz quase 1 mês que eu anunciei a chegada da Felipa por aqui, em um texto em formato diferente, dirigido a ela, minha filha. Uma carta aberta (pra quem não leu, convido a ler aqui: #19: o texto mais importante da minha história). Então hoje achei que valia a pena uma conversa mais franca e honesta com vocês sobre meu primeiro trimestre e todas as suas nuances. Bora?
Nem tudo são flores, sabiam? Imagino que a maioria já saiba disso, na verdade. Pelos menos todas as leitoras aqui que já engravidaram. Mas, de alguma forma, acho que eu me senti, em certa dose, na obrigação de achar que tudo eram flores, sim.
Isso porque vocês sabem bem como foi difícil a trajetória até aqui, né?
Essa trajetória de certa forma me deixou na obrigação de só ser grata, só agradecer o tempo todo, e não ousar reclamar de nada nessa gestação.
E de fato, eu não tive tanto pra reclamar, na teoria. Na prática talvez algumas reclamações se fizeram necessárias, sim.
Fui abençoada com um primeiro trimestre realmente incrível. Um primeiro trimestre que eu jamais imaginava viver, pois meus registros dele nas duas primeiras gestações envolviam muita angústia, medo, dor e frustração. E sangramentos intensos.
Nessa terceira gestação, não tive nenhum sangramento após o sangramento da nidação, na 4a semana, mas eu passei todas as primeiras semanas, até chegar em umas 10, aterrorizada de que teria. Sangrar era o meu normal estando grávida. Então, nesses últimos meses, ir ao banheiro fazer xixi (o que uma grávida faz dezenas de vezes ao dia) era sempre um momento de prender a respiração e olhar com medo para o papel, esperando o momento que uma mancha vermelha com um sangramento apareceria. Eu estava sempre esperando por ele.
Mas ele não apareceu. Graças a Deus.
Agora estou conseguindo até ir ao banheiro à noite sem ligar a luz do banheiro, sem ficar obcecada em olhar o papel. Estou me sentindo vitoriosa por isso.
Os medos de sangramentos eram potencializados pela "falta" de grandes sintomas de gravidez. A verdade é que eu não tive um primeiro trimestre de muitos sintomas. Ou pelo menos às vezes minha cabeça não me deixava perceber os sintomas. E aí, essa falta encobria o que existia, de fato, como por exemplo a fadiga e o cansaço. Por que tantas vezes a gente insiste em focar mais na falta do que na presença?
Uma vez, na minha primeira gestação, eu li no livro "Expecting Better"* que dizia que, baseado em algumas pesquisas científicas, mulheres que enjoam tem menos perdas gestacionais. Aparentemente seria pelo fato dos hormônios estarem mais ativos. Pronto. Desde então tudo que eu queria era enjoar. E eu nunca enjoei. No máximo fico um pouco tonta quando estou andando de carro e mexendo no celular. Mas enjoada, com vontade de vomitar, nada.
(*o livro é legal e de fato desmistifica algumas coisas, mas usa dados em geral americanos e de outras realidades. é escrito por uma economista que busca dados para embasar todos os argumentos. ele ajuda sob alguns aspectos, mas se você for uma pessoa com tendências a noias, como eu, recomendo cautela com ele).
Como às vezes a nossa mente nos sabota e a gente se apega na pior hipótese, né? Minha mãe nunca enjoou e teve 3 filhas, minha irmã também não e teve 2 filhos. Essa estatística até pode existir, mas ela não define nada. Só que, quando a gente tem um trauma, pensar racionalmente às vezes é bem difícil, né?
Além disso, como nos dois primeiros casos eu soube que tinha perdido os bebês em exames, não por sinais do meu corpo - inclusive fiquei semanas esperando expelir o bebê e nos dois casos não aconteceu, eu tinha um registro de que poderia estar tudo bem, quando na verdade não estava.
E isso tudo acabava atiçando um pouco as minhas neuras e medos…
Mas o fato é que alguns sintomas existiam e existem, sim. Cochilos à tarde se tornaram regra e eu passei a precisar dormir mais horas todas as noites. Várias vezes eu só queria passar o dia todo no sofá, e obviamente não podia, tinha que trabalhar, produzir. E aí eu percebi, mais uma vez, como a maternidade e a gestação ainda não é bem acolhida e administrada pela sociedade.
É esperado que uma mulher produza e aja da mesma forma como se não estivesse grávida, durante 9 ou 10 meses. Ninguém considera as necessidades que uma mulher tem ou que um corpo tem para gerar uma vida. Poucos entendem como isso é demandante. Dentro das empresas, o fato é praticamente ignorado. Eu me sentia cansada, exausta muitas vezes, mas precisava seguir. A minha "sorte" é que eu estou trabalhando no modelo part time, e com isso as minhas tardes podiam ser um pouco mais tranquilas e incluir longas sonecas. Mas todo o resto ficou para depois. Inclusive escrever aqui. Mas aí, como eu falei no início, claro que eu não me sentia no direito de reclamar de nada né? Afinal, uma gestação "de sucesso" era tudo que eu queria.
É esperado que uma mulher produza e aja da mesma forma como se não estivesse grávida, durante 9 ou 10 meses. Ninguém considera as necessidades que uma mulher tem ou que um corpo tem para gerar uma vida. Poucos entendem como isso é demandante.
Além do cansaço, também fiquei com muita sensibilidade nos seios e com uma vontade infinita de fazer xixi. Mas, fora isso tudo, várias vezes era difícil confiar que estava tudo bem e me sentir super grávida, sabem?
E à parte dos sintomas físicos, também tinham os emocionais. Algo que esteve muito presente no primeiro trimestre foi um certo estranhamento de mim mesma e dos meus sentimentos.
Normalmente eu sou uma pessoa bastante emotiva, que chora com facilidade, que se toca com diferentes situações internas ou externas. Eu chorei muito de dor, como nunca na vida, nas minhas duas perdas. Eu também choro de alegria em formaturas, casamentos e finais felizes de todos os tipos. Só que nessa gestação, ao contrário do que eu imaginava, eu quase não chorei. Em alguns momentos fiquei com lágrimas nos olhos apenas. Na primeira eco que escutamos o coração, que eu e meu marido estávamos morrendo de medo, os olhos lacrimejaram ao escutarmos aquele som maravilhoso. Achei que viria um choro, mas não veio. Por algum motivo eu resisti. Talvez seja pelo uso da sertralina, remédio que tem me ajudado muito a conter a ansiedade desde que tive crises no final do ano passado (falei disso aqui, no texto #15: a pressa é inimiga da elaboração). Talvez seja pelo trauma e pelo medo, que ainda me "seguram" de alguma forma.
Eu passei o primeiro trimestre inteiro esperando aquele momento que o choro viria, que eu iria descarregar o peso dos medos, que eu iria me aliviar. Esse momento ainda não chegou como eu imaginaria que chegasse. Será que vai chegar? Espero que sim. Quem sabe agora no segundo tri.
E de novo, parece que, por tudo que eu passei, o "normal" seria eu me emocionar com cada pequena vitória, com cada sinalzinho. E eu me sinto mais dura. Mas estou acolhendo essa dureza. Entendendo que ela faz parte.
E mesmo com essa relativa dureza, estou vivendo muitos momentos lindos.
Dentre eles, o meu aniversário de 35 anos, os 3 dias anteriores a ele e o dia seguinte.
O primeiro trimestre me deu de presente eu completar 12 semanas, aquelas tão desejadas, no dia do meu aniversário, dia 01 de abril (parênteses para: sim, eu faço aniversário 1o de abril. Imaginem o bullying que sofria no colégio rsrsrs).
Quando percebi, em meados de fevereiro, bem no início da gestação, que essa data aconteceria, já me animei com a feliz coincidência e visualizei o presente de aniversário que eu teria. Já criei altas expectativas para a data também.
Claro que expectativas também com medo, pois o receio de não chegar até às 12 era grande.
Mas chegamos. Graças a Deus chegamos.
E além do presente de aniversário das 12 semanas, outro presente foi ter vivido o feriadão de Páscoa nos 3 dias anteriores ao meu aniversário. A Páscoa foi domingo, meu aniversário, segunda.
Eu não sei se eu estava mais sensível e atenta, mas este ano a Páscoa foi muito especial para mim. Fiquei feliz ao ver muita gente e muitos conteúdos trazendo o verdadeiro significado da Páscoa à tona, falando sobre o renascimento. O renascimento de Cristo como significado histórico, mas muita gente ressignificando esse renascimento para suas próprias vidas e realidades também. Alguém mais percebeu isso?
Para mim, não poderia ter encaixado melhor.
Eu me sinto renascida. De verdade.

Sinto que estou tendo a oportunidade de viver uma gestação totalmente diferente. Uma gestação em que as coisas funcionam. Em que tudo está como deveria estar. Em que Deus está me mostrando que eu sou capaz sim de gerar uma vida, e que esse processo pode ser lindo e pleno, e não doloroso.
Gestar um bebê é um processo divino e perfeito da natureza. Só que até então eu tinha, de alguma forma, sido acometida por algumas imperfeições do processo - ou seriam perfeições, pois tinha que ser como tinha que ser? Nunca saberei exatamente.
O fato é que a gestação da Felipa está correndo bem, a cada semana ela cresce e a cada eco que fazemos sentimos um alívio grande ao ver nossa filha tão bem. A vida nos deixou com um registro de que cada ultrassom poderia ser um momento tudo ou nada, em que o sonho escorrega pelas nossas mãos. Já passamos por isso antes. E não queremos passar de novo. Estamos agarrados no sonho.
Contamos, do alto do meu privilégio, com a ajuda de uma equipe multidisciplinar de obstetra, hematologista, reumatologista, nutróloga, nutricionista, psiquiatra, psicóloga… Toda essa equipe esteve comigo nesses 3 primeiros meses e me fez chegar até aqui. Só que essa equipe também me demandou meu tempo e atenção. Por vezes foi cansativo cumprir com toda essa agenda de cuidados, consultas e exames, mas sei como eles são importantes e fundamentais. Assim como são fundamentais as injeções que tomo todos os dias para controlar a trombofilia, que muitas vezes me deixam com roxos e com marcas. Mas são essas mesmas marcas que estão fazendo minha filha crescer bem e saudável. E tudo valer a pena.

Então, chegou meu aniversário. O tão desejado dia que eu completaria 35 anos e que chegaria nas 12 semanas, também.
Comecei o dia cedinho indo ao laboratório fazer alguns exames de sangue atrasados, que eu tinha "esquecido" de fazer na semana anterior - sim, estou sendo a famosa "gestonta" e a memória, até então super assertiva, anda falhando muito.
Recebi inúmeros parabéns emocionados, e a Felipa foi a atração principal de todos eles, com frases como "nem preciso te desejar nada, o maior presente está aí", e "que fase maravilhosa que te espera", "teu melhor ano está começando" e coisas do gênero. Claro, mensagens cheias de carinho e amor.
Só que muitas delas desceram meio quadradas pra mim. No primeiro trimestre, a barriga praticamente não cresceu ainda. Então temos de fato poucos sinais de que está tudo bem. E como eu falei antes, eu não tive tantos sintomas, o que atiçou um pouco as noias.
E aí, chegando às fatídicas 12 semanas, dia do meu aniversário, e eu não me senti como achei que iria me sentir. Não me senti gloriosa. Me senti com um tanto de dúvida. Como saber se de fato a minha filha estava bem? Eu realmente tinha chegado nas 12 semanas? Quem garantiria? Seria mesmo esse o melhor ciclo da minha vida?
Parecia que não fazia sentido comemorar meu aniversário, meus 35 anos, se eu não pudesse ter certeza que minha filha estivesse bem. Necessidade de controle? Talvez. Mas gosto mais da abordagem que uma das minhas melhores amigas, também mãe, me trouxe sobre esse fato: "amiga, isso significa que tu, de fato, já é uma mãe. tu coloca as necessidade e o bem-estar da tua filha acima do teu". Eu entendi que era verdade.
Fui recebendo as felicitações com gratidão, mas também com um pouco de medo. Será que tudo aquilo que estavam me desejando iria mesmo se concretizar? Era verdade? Quando a gente passa por um trauma, o desafio de acreditar que não ficaremos eternamente presas nele é grande.
Ao longo do dia, fui aceitando que talvez o dia 01/04 não seria tão lindo, pleno e perfeito assim. Ele seria imperfeito, como a vida. E que estaria tudo bem. Tive uma sessão de análise naquela tarde, em que falei exatamente sobre isso. E em que eu finalmente consegui admitir e reconhecer que, mesmo com traumas e dores, eu podia sim reclamar e achar algumas coisas da gestação não tão legais e lindas assim. E que eu não era obrigada a achar meu aniversário o momento mais lindo de todos. Eu podia também reclamar de estar cansada e podia seguir sentindo medos.
Saí da sessão e tinha um áudio longo de feliz aniversário de uma das minhas melhores amigas, também mãe de anjo, que teve uma perda muito dura ano passado. Ela começou a falar sobre como eu tinha sido importante para ela naquele último ciclo, sobre como a minha ajuda e apoio foi importante para que ela pudesse elaborar o próprio luto e conseguisse seguir. Também falou sobre como ela sabia que a Felipa era sortuda por me ter como mãe. Esses dois pontos me pegaram. Talvez eu estivesse já mais sensibilizada por ter passado 50min falando dos sentimentos daquele dia na análise. Mas depois disso tudo, eu desabei chorando. Foi meu único choro de verdade, em toda essa gestação.
Eu tinha descido no meu prédio pra pegar um ar, e fiquei ali na rua, curtindo aquele choro gostoso. Foi tão, tão bom. Eu estava precisando daquilo. Aquele áudio foi mais um presente dessa grande amiga, que conseguiu me tocar como eu mesma não estava conseguindo.

Ainda assim, eu entendi que, de fato, meu aniversário só poderia "acontecer" no dia seguinte. Fui transferindo a comemoração para o dia 02. Nesse dia, teríamos a morfológica de 12 semanas, o exame mais importante do primeiro trimestre de todas as gestações, não só para a minha. É nesse exame que se confirma se o bebê está bem formadinho e se analisam riscos de possíveis problemas ou síndromes.
Eu até que não estava tão nervosa. Fiquei mais nervosa nas ecos de 7 e 9 semanas. As perdas anteriores foram com 7 semanas, então a semana 7 foi carregada de medo e trauma. Vencer aquela eco foi lindo. Depois, a de 9 semanas foi a eco da confirmação que estava tudo bem, que tínhamos passado pelas semanas 7 e 8. Para mim, passar por esses marcos era fundamental. Então para a morfológica das 12 eu tinha medos, claro (e dizem que todas as mães tem, mesmo aquelas que não tem um histórico ruim), mas eram medos controlados.
Já meu marido, tadinho, estava muito angustiado. No caminho, no carro, eu disse "amor, eu to tranquila, vai dar tudo certo". E de fato, eu me sentia mais tranquila até do que no dia anterior. Ele me respondeu: "também, tu está medicada, eu não". hahaha.. Era verdade. O bom é que ele logo pode se acalmar, também.
O médico, Dr. Eduardo Becker, um dos mais reconhecidos em medicina fetal em Porto Alegre, se mostrou super qualificado e também super sensível.
Em menos de 5s, ele anunciou para o Thiago, ao perceber o nervosismo dele: "pode ficar tranquilo, estou vendo aqui a translucência nucal e está tudo bem. vingou. pode relaxar. agora vamos começar o exame".
A partir dali, pudemos curtir o momento e ver cada detalhezinho de perfeição da nossa filha. Ela já é maravilhosa. Parece ter as pernas compridas, como o pai dela. Um narizinho lindo. É nossa filha, tão desejada, tão esperada. O médico nos disse que “é muito difícil derrubar um bebezinho desse jeito e a essa altura. Curtam e aproveitem!”. Ele foi realmente diferenciado ao nos passar muita segurança técnica e também muito acolhimento, sabendo do nosso histórico.


Nós vencemos a eco morfológica das 12 semanas. Eu não chorei, o choro não veio como eu imaginava. Mas eu fiquei muito, muito feliz.

Já era noite e saímos dali e fomos, de fato, comemorar, em um jantar especial.
Durante o jantar, eu comentei com o Thiago que talvez aquela seria a segunda noite mais especial das nossas vidas, depois do nosso casamento. Ele me disse que não. Que aquela era a noite mais feliz mesmo, pois no nosso casamento não tínhamos dúvidas, estava tudo certo, era só a comemoração. Já a a eco morfológica ele via como uma final de campeonato, uma tensão grande que a gente havia superado. A gente tinha ganhado aquele campeonato. Eu ri e aceitei a definição dele. Foi realmente uma noite gloriosa. Animada, marquei para alguns dias depois a comemoração do meu aniversário com alguns familiares e amigos mais próximos, que também foi realmente muito especial.


Sempre considerei os 35 anos um marco importante. Sou uma simpatizante da astrologia, e nela se fala muito sobre os setênios, ou os ciclos de 7 anos que acontecem na nossa vida. Os 35 anos inauguram um novo setênio, que é chamado de fase de desenvolvimento de habilidades sociais e da consolidação do lugar, uma fase bem objetiva e de maior interiorização. Me parecia algo grande e significativo. Mas ao mesmo tempo, percebi que meu aniversário já não era mais sobre mim. Agora, pelo menos por 9 meses, eu sou duas em uma. Eu e a Felipa. E nada faz sentido para mim se não fizer sentido pra ela. Então saber que ela estava bem, firme e forte, foi o maior presente que eu poderia ganhar.
Agora, pelo menos por 9 meses, eu sou duas em uma. Eu e a Felipa. E nada faz sentido para mim se não fizer sentido pra ela. Então saber que ela estava bem, firme e forte, foi o maior presente que eu poderia ganhar.
Depois disso, consegui acalmar bastante os medos. Não totalmente. Mas já está sendo outra gestação. Brincamos que a partir dali começava o segundo tri. Não era exatamente, pois oficialmente o segundo trimestre começou na última segunda-feira. Mas para a gente era realmente um novo começo, dentro da mesma gestação.
É muito bom poder evoluir nos medos. Poder perceber que eles eram legítimos e válidos, mas também poder deixar eles no passado. Deixar ir.
Também é muito bom poder viver todos os sentimentos. Todas as sensações. Todas as emoções. Reconhecer quais elas são, aceitar, acolher, observar. Viver. Renascer.
Meu primeiro trimestre foi lindo. E foi difícil. E angustiante. E perfeito. Como tinha que ser.
Eu fiz 35 anos. A Felipa fez 12 semanas. E essas 12 semanas parecem bem mais importantes que meus 35 anos.
Vencemos o primeiro trimestre. Estou pronta para o segundo. Muito pronta.
Vamos juntas, filha!
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#17. Sujeito do meu próprio tempo
(esse texto traz um novidade: a partir de agora, disponibilizo ele também em áudio, pra quem preferir consumir nesse formato e escutar minha linda voz rsrsrs. espero que curtam - e por favor me mandem feedbacks sobre isso!)
Amei o
Audio. TE ecutar contando a história de voces ❤️
❤️